No coração do Rio de Janeiro, entre edifícios históricos e construções comerciais que atravessam gerações, um risco silencioso sobe e desce todos os dias: elevadores em condições precárias.
Seja por falta de manutenção, uso contínuo sem modernização ou simplesmente negligência, milhares de equipamentos circulam diariamente sem a mínima segurança exigida por lei — e o pior: muitos síndicos sequer sabem dos perigos aos quais seus moradores estão expostos.
É comum que prédios antigos, especialmente no Centro do Rio e em bairros tradicionais como Flamengo, Catete e Tijuca, convivam com sistemas obsoletos, instalações defasadas e falta de inspeção técnica periódica.
Esses fatores criam um cenário propício para falhas, acidentes e prejuízos — tanto humanos quanto financeiros.
Neste artigo, vamos explorar a fundo os impactos dessa realidade:
- O que diz a legislação sobre manutenção e modernização;
- Quais são os principais riscos de operar com equipamentos ultrapassados;
- E o mais importante: como prevenir acidentes e preservar vidas.
Preparado para a leitura? Vamos nessa!
O que diz a legislação sobre elevadores em má condição no Rio de Janeiro?
A legislação brasileira é clara: todo elevador precisa de manutenção periódica realizada por empresa especializada e registrada nos órgãos competentes.
No Rio de Janeiro, esse controle é ainda mais rigoroso devido ao grande número de edifícios antigos e ao histórico de incidentes com equipamentos mal conservados.
Confira os principais pontos da legislação que você, síndico, precisa ter em mente:
1. Responsabilidade do síndico prevista no Código Civil
Pelo artigo 1.348 do Código Civil, o síndico tem o dever legal de zelar pela segurança dos moradores e pela conservação das áreas comuns — incluindo os elevadores. Ignorar panes, atrasar manutenções ou contratar empresas não habilitadas pode gerar responsabilidade civil e criminal.
2. Manutenção obrigatória segundo a ABNT NBR 16083
Essa norma estabelece os procedimentos para manutenção de elevadores, incluindo:
- Frequência mínima mensal de visitas técnicas;
- Registro detalhado de intervenções;
- Substituição de peças desgastadas conforme recomendação do fabricante.
3. Necessidade de empresa registrada no CREA
A contratação de empresas não registradas no CREA-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro) é considerada irregular e compromete a validade da manutenção.
Em caso de acidente, a ausência de laudos técnicos e de responsabilidade profissional pode agravar a situação.
4. Vistorias regulares e exigências do Corpo de Bombeiros
Para emissão ou renovação do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), os elevadores devem estar com as manutenções em dia e os sistemas de emergência funcionando corretamente — incluindo alarme, iluminação e interfone.
Ignorar a legislação não é apenas negligência. É colocar vidas em risco.
Se o seu condomínio está operando com elevadores em má condição, é hora de rever os contratos, atualizar a manutenção e agir com responsabilidade.
Principais riscos de manter elevadores em má condição no Rio de Janeiro
Quando falamos sobre elevadores em má condição no Rio de Janeiro, não estamos apenas discutindo estética ou conforto — estamos falando de segurança, responsabilidade legal e prejuízos financeiros.
Ignorar sinais de falha ou adiar a manutenção pode custar muito mais do que uma modernização.
Confira os principais riscos:
1. Acidentes com vítimas
Paradas bruscas, quedas de cabina, travamentos de porta e panes elétricas podem causar ferimentos graves em usuários — ou até acidentes fatais. Esses incidentes são recorrentes em elevadores antigos sem manutenção preventiva adequada.
2. Aumento da responsabilidade civil do síndico
Se ocorrer um acidente e ficar comprovada a negligência na manutenção, o síndico pode ser judicialmente responsabilizado. Isso inclui responder por danos morais, materiais e até enfrentar ações criminais.
3. Desvalorização do imóvel
Elevadores deteriorados ou que apresentam falhas constantes reduzem o valor de venda ou aluguel das unidades. Isso é especialmente sensível em regiões como o Centro do Rio, onde muitos prédios comerciais e residenciais convivem com equipamentos obsoletos.
4. Custos elevados com manutenções emergenciais
A falta de planejamento faz com que o condomínio gaste mais com reparos emergenciais do que gastaria com uma manutenção preventiva estruturada. Além disso, peças antigas são mais caras e difíceis de encontrar.
5. Paralisações e transtornos no dia a dia dos moradores
Elevadores fora de serviço geram insatisfação, transtornos e reclamações constantes. Em prédios com idosos, pessoas com deficiência ou comércios, a paralisação pode comprometer a mobilidade e a rotina.
Se o elevador apresenta ruídos incomuns, falhas frequentes, dificuldade para abrir ou fechar portas, ou se simplesmente está há muito tempo sem uma revisão técnica, é hora de agir.
Boas práticas para combater elevadores em má condição no Rio de Janeiro
Diante dos riscos e responsabilidades, a pergunta que todo síndico precisa se fazer é: “O que estou fazendo para garantir a segurança do meu elevador?”
Cuidar bem dos elevadores é o primeiro passo para evitar que seu condomínio entre na lista dos que estão com equipamentos em má condição no Rio de Janeiro.
Veja como agir de forma estratégica e segura:
1. Contrate uma empresa certificada e com registro no CREA
Evite empresas irregulares ou que não tenham técnicos qualificados. A contratação de prestadores sem habilitação pode representar riscos legais e comprometer a segurança dos equipamentos.
2. Tenha um cronograma de manutenção preventiva definido
Manutenções preventivas periódicas são fundamentais para identificar falhas, trocar peças desgastadas e evitar paradas inesperadas. Exija relatórios técnicos e verifique se estão sendo realizados os testes obrigatórios.
3. Invista em modernização ou retrofit (embelezamento) quando necessário
Elevadores antigos não precisam ser substituídos imediatamente — mas podem (e devem) passar por um processo de modernização ou retrofit, trazendo tecnologia, eficiência e segurança sem trocar toda a estrutura.
4. Faça inspeções visuais frequentes e escute os usuários
Síndico, você é os olhos do condomínio. Portas que não fecham corretamente, ruídos fora do comum, movimentos bruscos e comandos que falham devem ser observados. Além disso, leve a sério os relatos de moradores e funcionários.
5. Atualize o contrato de manutenção e evite cláusulas abusivas
Muitos contratos acabam sendo renovados automaticamente por anos, sem revisão. Avalie as cláusulas, prazos e escopo. Um bom contrato de manutenção é transparente, técnico e atende às necessidades reais do equipamento.
Manter um elevador seguro e eficiente exige ação contínua, informação atualizada e comprometimento. E o papel do síndico é fundamental nessa jornada.
Casos reais que evidenciam os riscos de elevadores em má condição no Rio de Janeiro
Infelizmente, os perigos associados à falta de manutenção adequada de elevadores não são apenas teóricos. Em julho de 2024, o Rio de Janeiro registrou três acidentes com elevadores em menos de 24 horas, resultando em duas mortes e um ferido.
1. Hospital Municipal Salgado Filho (Méier)
Um paciente de 28 anos, internado na unidade, ficou preso por 16 minutos em um elevador que parou entre andares.
Após o resgate, sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu.
2. Secretaria Estadual de Fazenda (Centro)
Uma servidora ficou ferida quando o elevador em que estava subiu repentinamente até o último andar e colidiu com o teto do edifício.
3. Edifício Residencial em Copacabana
Um técnico de manutenção morreu após o elevador despencar e cair no poço do prédio.
Esses incidentes destacam a gravidade de operar com elevadores em má condição no Rio de Janeiro. Além das tragédias humanas, há implicações legais e financeiras significativas para os responsáveis.
O risco está aí — e a responsabilidade também.
Ignorar a má condição dos elevadores no Rio de Janeiro não é mais uma opção.
Os acidentes recentes mostram que negligenciar a manutenção preventiva pode custar muito mais do que reparos — pode custar vidas.
Para os síndicos, o recado é claro: prevenção é obrigação, e não uma escolha.
Garantir que os elevadores do seu condomínio estejam em conformidade com as normas técnicas, seguros para o uso diário e sob os cuidados de uma empresa especializada é o mínimo necessário para proteger moradores, visitantes e o próprio patrimônio.
A abmr Elevadores atua com excelência em manutenção preventiva, corretiva e serviços especializados para modernização e retrofit de elevadores.
Nosso compromisso é garantir que o transporte vertical seja sempre seguro, eficiente e em conformidade com a legislação.
Quer evitar que seu condomínio entre para as estatísticas? Fale com a abmr.
Segurança se constrói com ação — e começa com a manutenção certa.
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