O elevador é parte essencial da vida em condomínio.
Ele conecta pessoas, garante mobilidade e facilita a rotina de todos os moradores.
Mas quando falamos de crianças, esse espaço pode se transformar em um ambiente de risco.
A curiosidade natural da infância, somada à falta de atenção dos adultos e à ausência de manutenção adequada, faz com que acidentes em elevadores com crianças não sejam raros.
E, o mais importante: a maioria deles poderia ser evitada.
Este artigo reúne os principais riscos de acidentes com crianças em elevadores, dados relevantes, as normas brasileiras que regem a segurança, além de dicas práticas para síndicos, pais e administradoras de condomínio.
Nosso objetivo é claro: ajudar a prevenir acidentes e garantir um ambiente mais seguro para as famílias.
1. Por que crianças são mais vulneráveis em elevadores?

O comportamento infantil explica muito:
- Crianças gostam de explorar e testar os limites do espaço.
- Têm tendência a brincar com botões, portas e sensores.
- Muitas vezes não conseguem identificar situações de risco.
- Sua baixa estatura dificulta o alcance de comandos, levando-as a adotar posturas perigosas, como se esticar demais ou subir em objetos.
Além disso, pais e responsáveis podem acreditar que o elevador é seguro por si só, permitindo que crianças pequenas utilizem o equipamento desacompanhadas — o que aumenta os riscos.
2. Principais riscos de acidentes com crianças em elevadores
2.1. Aprisionamento entre portas
Se os sensores não estiverem funcionando corretamente, a porta pode se fechar sobre a criança. Mochilas, roupas e até braços podem ficar presos, levando a acidentes sérios.
2.2. Queda no vão do elevador
Mais grave e rara, mas possível em prédios antigos ou sem manutenção. Quando a porta abre sem a cabine presente, há risco de queda no vão.
2.3. Uso desacompanhado
Crianças pequenas sozinhas podem se perder em andares desconhecidos, acionar alarmes sem necessidade ou sofrer pânico caso o elevador trave.
2.4. Brincadeiras com os botões
Apertar repetidamente pode gerar sobrecarga ou travamento. Além disso, ao tentar alcançar botões altos, a criança pode cair dentro da cabine.
2.5. Prisão de objetos
Cordões, brinquedos, bicicletas ou patinetes podem prender nas portas, oferecendo risco de arrasto.
2.6. Pane durante o trajeto
Elevadores que travam ou param repentinamente podem assustar crianças, especialmente quando sozinhas.
2.7. Quedas dentro da cabine
Brincadeiras como correr ou pular dentro do elevador aumentam as chances de queda, especialmente em pisos sem acabamento antiderrapante.
3. Estatísticas e dados que reforçam a preocupação
Embora o Brasil não tenha um banco de dados centralizado exclusivo para acidentes com elevadores, estudos do setor apontam que:
- Cerca de 15% dos acidentes registrados envolvem crianças (dados de associações de manutenção).
- Nos EUA, a Consumer Product Safety Commission estima que 10 mil acidentes por ano envolvem elevadores e escadas rolantes, sendo boa parte com crianças.
- No Brasil, em grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, acidentes graves geralmente estão relacionados à falta de manutenção adequada.
Esses números reforçam: a prevenção é a forma mais eficaz de proteger vidas.
4. Legislação e normas técnicas aplicáveis
O Brasil possui normas rígidas sobre segurança em elevadores. Algumas delas impactam diretamente a prevenção de acidentes com crianças:
- NBR NM 207/1999 – Requisitos de segurança para construção e instalação de elevadores elétricos.
- NBR 16083/2012 – Manutenção de elevadores: estabelece critérios técnicos e periodicidade.
- NBR 15597/2010 – Requisitos para acessibilidade em elevadores de passageiros.
- Lei nº 6.786/2020 (RJ) – Obriga anunciadores sonoros de andares nos elevadores da cidade do Rio de Janeiro.
Além das normas, cabe lembrar: o síndico é legalmente responsável pelo bom funcionamento do elevador.
Em caso de acidente por negligência, pode responder civil e criminalmente.
5. Como prevenir acidentes com crianças em elevadores
A prevenção se apoia em três pilares: educação, supervisão e manutenção.
5.1. Educação dos condôminos
- Fixar cartazes próximos ao elevador: “Crianças devem estar acompanhadas”.
- Criar campanhas internas de conscientização.
- Orientar porteiros e zeladores a ficarem atentos.
5.2. Supervisão de pais e responsáveis
- Crianças pequenas nunca devem usar o elevador sozinhas.
- Em horários de movimento, redobrar a atenção.
- Acompanhar quando levarem bicicletas, brinquedos ou carrinhos.
5.3. Manutenção preventiva e modernização
- Sensores de porta bem calibrados para detectar movimento.
- Botão de emergência acessível na altura adequada.
- Cabine com piso antiderrapante, iluminação e corrimãos.
- Modernização de elevadores antigos, com troca de sistemas obsoletos.
- Relatórios técnicos periódicos, de acordo com a NBR 16083.
6. O papel do síndico na segurança infantil
O síndico deve assumir papel ativo:
- Contratar empresas de manutenção certificadas;
- Aprovar em assembleia investimentos em modernização;
- Garantir que laudos e relatórios estejam sempre atualizados;
- Estimular campanhas de conscientização entre os moradores.
Negligenciar esse papel pode resultar em responsabilidade direta em acidentes.
7. Modernização: investimento em vidas e valorização

Elevadores antigos muitas vezes carecem de recursos essenciais. Modernizá-los significa:
- Instalar portas automáticas com sensores modernos;
- Substituir painéis antigos por versões acessíveis;
- Incluir sinalização sonora e visual;
- Atualizar o sistema de freio e emergência.
A modernização não é apenas questão de segurança: ela valoriza o imóvel e dá mais tranquilidade aos moradores.
8. Checklist rápido para prevenir acidentes
✔️ Crianças sempre acompanhadas
✔️ Supervisão em horários de maior movimento
✔️ Sensores de porta testados regularmente
✔️ Piso antiderrapante em boas condições
✔️ Botão de emergência acessível
✔️ Orientação frequente aos condôminos
✔️ Empresa de manutenção especializada contratada
✔️ Relatórios técnicos atualizados
9. Benefícios da prevenção: além da segurança
Adotar medidas preventivas gera ganhos em diferentes níveis:
- Financeiros: menos gastos com emergências e processos judiciais.
- Jurídicos: cumprimento da lei e redução do risco de responsabilização.
- Sociais: mais confiança entre síndico, moradores e administradoras.
- Emocionais: famílias mais tranquilas, sabendo que crianças estão seguras.
10. Conclusão
Os riscos de acidentes com crianças em elevadores existem, mas podem ser drasticamente reduzidos com ações simples: educação, supervisão e manutenção preventiva.
O síndico tem papel estratégico nessa proteção, garantindo que o condomínio esteja em dia com as normas técnicas e preparado para lidar com imprevistos.
Elevador seguro é resultado de cuidado contínuo — e quando falamos de crianças, cada detalhe faz diferença.
Na ABMR Elevadores, somos especialistas em manutenção preventiva, modernização e suporte emergencial 24h.
Atuamos com foco em segurança, confiabilidade e adequação às normas brasileiras, ajudando condomínios a proteger o que há de mais valioso: a vida.
Entre em contato e saiba como modernizar seu elevador com segurança.
FAQ – Perguntas frequentes sobre crianças em elevadores
1. Crianças podem usar elevador desacompanhadas?
Não. Crianças pequenas devem estar sempre acompanhadas de um adulto.
2. Elevadores antigos oferecem mais risco?
Sim. Eles podem não ter sensores modernos nem atender às normas de acessibilidade.
3. Qual a principal forma de prevenção?
A manutenção preventiva, que reduz até 60% o risco de falhas.
4. O síndico pode ser responsabilizado em caso de acidente?
Sim. Ele responde legalmente pela segurança do condomínio.
5. A modernização é obrigatória?
Em casos onde o equipamento não atende às normas ou apresenta falhas graves, sim.
Além disso, é altamente recomendada para garantir segurança.
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